Black Friday. E você com isso?

Marina Vaz, CEO da Scooto, fala sobre a Black Friday para B2B’s e infoprodutos, trazendo dicas para encantar clientes.

Sem entrar muito na discussão de onde vem a Black Friday, mas entrando um pouco na discussão do que ela virou.

Black Friday virou uma época do ano, que em alguns lugares virou até Black Week, onde é possível comprar bens de consumo a preços muito mais baratos do que normalmente são encontrados no mercado. Era usado mais para produtos mais caros pra classe média como geladeira, carro, televisão, fogão, então famílias já se planejam juntando dinheiro para gastar nessa época do ano, porque o dinheiro delas passa a valer mais. Percebendo isso, outros mercados embarcaram, afinal, tem dinheiro na mesa para ser gasto e passa a ser usado para cursos online, festas de casamento e até artesanatos.

Esse texto é mais uma reflexão sobre o seu negócio para saber se vale entrar na onda do Black Friday ou não. Porque quando se fala de pequenos negócios, artesanais, de produção manual mesmo, se eles experimentam um pico de vendas eles não entregam, a não ser que consigam contratar gente e treinar para aumentar a produção. O que é muito difícil de se fazer em uma empresa pequena. E que pode ser inclusive que nem tenha um aumento estrondoso de demanda, é possível que nem tenha aumento de demanda porque no inconsciente coletivo não é no artesanato que a black friday vale a pena. Então, vejo pra esses negócios um caminho no marketing de mostrar o preço justo o ano todo. Não são negócios que se beneficiam de descontos em massa, pelo contrário, já vi afundar vários deles.

Mas para negócios que tentam surfar na onda, como infoprodutos, b2bs, por exemplo, a sua experiência do cliente precisa estar impecável. Se você vai realmente fazer uma divulgação massiva para gerar tráfego para o seu ponto de venda (site, marketplace, plataforma..) você precisa ter toda a jornada mapeada desde a hora que a pessoa entra no site até a hora que a pessoa recebe o produto. Mas mapeada em que sentido? Aqui alguns pontos:

Você sabe onde que tem maior necessidade de suporte? É corrigível com UX? Se sim, esse é o momento de corrigir. Se não for, faça os cálculos para colocar um belo de um aumento no time de suporte de forma temporária (a Scooto faz isso pra você) para que você consiga atender às necessidades que vão aparecer, porque ela vão aparecer. Lembre-se que se você mandar mal nessa hora, vai começar o anti-marketing, o boca a boca que vai aos poucos encolhendo a sua base de clientes no longo prazo, porque ser mal atendida é uma experiência que vai pra vida toda, ninguém esquece.

Você já estudou também se um chat e número de telefone na sua página de compras aumenta a conversão? Se ativar carrinhos abandonados teve resultado? Se sim, calcule deixar uma equipe de vendas posicionada para atender dúvidas de leads no site. Para valer a pena a previsão de vendas precisa ser baseada em experiências prévias: já testou? quanto foi a conversão? bate com o preço do produto ou não vale a pena? Já cruzei muito com empresas que contratam muitos pontos de venda para a Black Friday, os pontos convertem mas o ticket médio é 5 reais. Se a meta esperada nem paga os pontos, não faz sentido e você acaba numa posição de só pressionar pessoas para vender mais e mais (como se isso funcionasse) porque você não fez esse cálculo básico.

E teste o seu site para o pico de tráfego. Se demorar mais de 3 segundos para abrir, isso é mortal e pode colocar toda a sua estratégia de divulgação por água abaixo. Já vi isso acontecer com gigantes. E tem muitas ferramentas que fazem esse teste pra você. Se usa marketplace como Loja Integrada ou Magalu, procure o suporte dessas plataformas para ver como é a estrutura para picos de tráfego.

E boa sorte!

Marina Vaz, founder e CEO da Scooto.

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