A presença de mulheres em cargos de liderança cresceu nos últimos anos. Hoje, as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil. Neste artigo, você vai descobrir práticas para incentivar mulheres líderes e aumentar também esse percentual na sua empresa.
Além de uma missão a ser cumprida por empresas que buscam seguir o caminho das práticas sociais do ESG, que vêm ganhando cada vez mais destaque no Brasil, fomentar uma cultura que busca incentivar lideranças femininas é também um investimento no desempenho e lucratividade da empresa.
Segundo dados da consultoria McKinsey, empresas com maior diversidade no time, que inclui C-levels e vice-presidência, têm 25% mais probabilidade de ter um lucro acima da média, se comparadas às organizações com menor diversidade de colaboradores.
O empenho em incentivar lideranças femininas também aumenta o senso de pertencimento e a valorização do trabalho da mulher dentro do ambiente corporativo, o que contribui para um melhor desempenho das colaboradoras e, consequentemente, para a lucratividade e sucesso da empresa.
Na Scooto, empresa composta exclusivamente por mulheres, a ascensão de posições se dá de maneira orgânica, e a cultura de incentivar lideranças é considerada desde o primeiro contato com o talento. Na prática, isso significa que as mulheres que ocupam, hoje, posições de liderança como Head, General Manager e C-Level, iniciaram suas jornadas como Scooteiras base e foram incentivadas a desenvolver habilidades de liderança.
Gabriela Ioshimoto, Diretora de People na Scooto, explica que:
“A base do desenvolvimento de lideranças na Scooto é trabalhar para que todas as Scooteiras possam trazer soluções. Mas, isso só é possível se tivermos um ambiente seguro e diverso com espaços abertos para críticas, no sentido de permitir que todas possam contribuir com visões de pontos a serem melhorados dentro das operações, relações corporativas, encontros, comunicações internas e outras áreas. Como a Scooto está crescendo de forma exponencial, o lugar da liderança é palpável para a mulher, que muitas vezes, veio do mercado tradicional sem espaço para a liderança feminina. Além do foco no autodesenvolvimento, acreditamos que é através do “Hands on”, colocando a mão na massa e discutindo os BOs do dia a dia que o desenvolvimento ocorre de maneira mais eficiente.”
É importante ressaltar que, na Scooto, equipes de People e Operações atuam de forma integrativa. Isso significa que Gabi (CPO) e Diego (COO) estão sempre traçando estratégias em conjunto, levando em conta alinhamentos de pontos comportamentais e operacionais. Da mesma maneira, BPs e GMs atuam em sintonia, no intuito de incentivar esse desenvolvimento em conjunto no dia a dia.
Até aqui, você já percebeu que fomentar uma cultura organizacional que busca incentivar lideranças femininas é essencial para aumentar o senso de pertencimento e a valorização do trabalho da mulher, e que esse é fator contributivo para o desempenho e lucratividade da empresa. Agora, você vai entender por onde começar e como adotar práticas que incentivam as lideranças femininas na sua empresa.
Promover encontros frequentes, que abrem espaço para sugestões e debates, entre todos os setores da empresa, é uma maneira de construir um ambiente seguro e aberto para contribuições. Para mulheres, a construção de um ambiente seguro também passa pelo sentimento de pertencimento e representatividade. Por isso, uma ótima ideia é também criar espaços e encontros destinados somente a mulheres e lideranças femininas, para promover troca e apoio entre o mesmo gênero.
Além disso, trabalhar em uma comunicação horizontal e garantir que colaboradores em todas as posições e áreas sejam acessíveis, incentiva a ideia de que todos, em qualquer posição, podem contribuir com soluções, sugestões e visões estratégicas para melhorias, dentro e fora de suas áreas.
Trabalhar em uma cultura que inclui e acolhe mulheres significa reconhecer o gap de gênero do mercado de trabalho e entender que, para aumentar a presença feminina em todas as áreas e cargos, é preciso transformar as crenças que limitam o ambiente corporativo. A opção pela maternidade, por exemplo, é fator ainda visto como impeditivo para o desenvolvimento profissional de mulheres, e essa é uma crença que se opõe ao desenvolvimento de lideranças femininas nas empresas. Por isso, é necessário trabalhar em uma cultura que desconstrói crenças como essa e incentiva a presença e o crescimento das mulheres no mercado de trabalho.
Ainda tendo em vista as crenças que limitam a presença feminina no mercado, oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento para mulheres significa adotar processos com critérios de seleção que eliminem a possibilidade de vieses preconceituosos e tendenciosos. Assim, setores de People podem gerenciar os processos de contratação, salário, feedbacks, entre outros, baseados em critérios justos, que abrirão espaço para o crescimento de mulheres na empresa.
Inegavelmente, a autorresponsabilidade e autogestão são habilidades extremamente essenciais em posições de liderança. Além disso, a autogestão viabiliza a flexibilidade de agendas e facilita a conciliação de duplas jornadas, que é realidade de muitas mulheres e mães. Conceder autonomia para a execução de tarefas, para a gestão do próprio tempo e para a tomada de decisões colaborativas, são maneiras eficientes de incentivar essas habilidades e desenvolver lideranças capazes de reproduzi-las em equipe.
Essas são algumas das práticas que, se adotadas, vão contribuir para o desenvolvimento de mulheres líderes na sua empresa e tornar o ambiente corporativo cada vez mais representativo, justo e oportuno para mulheres.