A trajetória das mulheres no mercado de trabalho é marcada por grandes desafios e mudanças sociais significativas, como a conquista de leis trabalhistas que asseguram direitos da mulher e o olhar crítico da sociedade para uma cultura que limita a presença da mulher no mercado de trabalho. Porém, ainda é uma luta presente na vida da mulher a conquista de espaço e equidade no mercado de trabalho. Neste artigo, você vai entender mais sobre essa trajetória e como é o cenário atual das mulheres.
Lideranças femininas: práticas para incentivar mulheres líderes
O começo das mulheres no mercado de trabalho
Para entender melhor sobre o começo das mulheres no mercado de trabalho, é preciso analisar a realidade da mulher na sociedade antes do início dessa trajetória. Veja:
Mulheres exerciam somente funções domésticas
No Brasil, durante o século XX, as oportunidades de trabalho para mulheres eram extremamente vetadas. Nesta época, as mulheres eram consideradas aptas apenas para desempenhar funções domésticas, como o cuidado da família e do lar. Além disso, o acesso à educação formal também era restrito, o que também deixava o gênero feminino em desvantagem.
O começo das mulheres no mercado de trabalho
Essa realidade mudou com o início da industrialização do país. O começo das mulheres no mercado de trabalho se deu quando foram adquiridos seus primeiros direitos trabalhistas, e passaram a exercer funções em fábricas e indústrias. Ainda assim, as condições de trabalho eram precárias e sua remuneração era inferior à dos homens.
Consolidação das Leis Trabalhistas: direitos das mulheres
Somente após a Consolidação das Leis Trabalhistas e a Constituição de 1988, foram garantidas normas que protegiam a força de trabalho feminina. Tornou-se proibida a discriminação de salários e funções por motivo de gênero e estabeleceu-se também a regulamentação do trabalho doméstico e normas que garantem o direito à licença maternidade.
Assim, se deu o início da jornada das mulheres na conquista de espaço no mercado de trabalho.
O cenário atual mulheres no mercado de trabalho
Este histórico nos traz para o cenário atual, onde as mulheres conquistaram espaço mais significativo no mercado de trabalho e participam ativamente da economia. Mas, ainda assim, existem estudos que comprovam que ainda há desigualdade de cargos e salários entre homens e mulheres. Veja alguns dados:
Mulheres têm rendimento 21% inferior ao dos homens no Brasil
Um estudo da Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, mostra que mulheres têm rendimento médio mensal 21% menor do que o dos homens. Os dados têm como base pesquisa realizada pelo IBGE, no terceiro trimestre de 2022.
Em 2021, em nível mundial, mulheres recebiam 37% a menos que homens
Segundo o Relatório Global de Desigualdades de Gênero do Fórum Econômico Mundial, em 2021, globalmente, as mulheres recebiam 37% menos que os homens que ocupavam posições equiparadas.
Mulheres ocupam apenas 30% dos cargos de liderança, em nível global
A pesquisa da Grant Thornton International sobre equidade de gênero em cargos de liderança no mundo, revelou que as mulheres progrediram apenas 13% desde 2004. Atualmente, em nível global, mulheres ainda representam cerca de 30% dos cargos de liderança.
Estes são alguns dos dados que refletem a atual realidade das mulheres no mercado de trabalho. Apesar das diversas conquistas, as mulheres ainda lidam com resquícios de uma sociedade que limitava sua participação na economia. Quando analisamos esses números, entendemos que ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca pela equidade.
Representatividade: 44% da Scooto é composta por mulheres pretas e pardas
O que já foi conquistado?
Como já entendemos até aqui, desde o início da luta por espaço no mercado de trabalho até os dias atuais, as mulheres já tiveram conquistas significativas. Veja algumas delas abaixo:
Acesso à educação
O acesso à educação era vetado para mulheres no período que antecedeu o ingresso das mulheres no mercado de trabalho. A sociedade entendia que a função da mulher era limitada a realizar apenas tarefas domésticas e, por isso, ter acesso à educação era considerado desnecessário.
A educação foi conquistada somente após a Segunda Guerra Mundial, após um movimento crescente de mulheres para garantir esse direito. Assim, muitos países adotaram políticas de educação universal, e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pelas Nações Unidas em 1948, incluiu o direito à educação para todas as pessoas.
Direito ao trabalho remunerado
Após obterem acesso à educação, as mulheres também conquistaram o direito ao trabalho remunerado. Com a industrialização, a demanda em fábricas e indústrias aumentou, o que fez com que as mulheres começassem também a receber oportunidades de trabalho. Na época, o movimento feminista desempenhou um papel essencial na luta pela igualdade de oportunidades no mercado entre os gêneros. Mas, ainda assim, as mulheres enfrentavam condições de trabalho e salários inferiores aos dos homens.
Leis trabalhistas em favor das mulheres
Muitas leis trabalhistas foram promulgadas para assegurar o direito das mulheres no mercado de trabalho. Entre elas, regulamentações sobre igualdade salarial, licença maternidade remunerada e proteção contra discriminação de gênero.
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que inclui cláusulas específicas para a proteção dos direitos das trabalhadoras, foi promulgada em 1943. Além disso, a Constituição de 1988 reforçou o direito à igualdade de gênero no local de trabalho e garantiu, entre outras coisas, a estabilidade no emprego durante a gravidez e a licença maternidade.
Quais os principais desafios profissionais enfrentados pelas mulheres?
Na realidade, apesar dos direitos e espaços já conquistados, as mulheres ainda enfrentam desafios no mercado de trabalho.
Alguns desses desafios podem ser vistos quando analisamos os dados que já mencionamos aqui, que refletem a desigualdade de remuneração ainda existente entre os gêneros e a falta de representatividade feminina em cargos de liderança. Outro desafio frequentemente enfrentado pelas mulheres é o assédio sexual e moral e no ambiente de trabalho.
Além disso, as mulheres ainda enfrentam uma desigualdade oculta nas oportunidades de trabalho. Ainda há uma enorme escassez de jornadas flexíveis e empresas com políticas que consideram os obstáculos a mais que as mulheres enfrentam em uma jornada de trabalho. Esse desafio é muito presente na vida de mulheres que optaram pela maternidade, mas não desejam abrir mão da carreira profissional.
Como as empresas podem ajudar a superar esses desafios?
O empenho da empresa em contribuir para superar esses desafios enfrentados pelas mulheres impacta na retenção e produtividade das colaboradoras, o que está diretamente relacionado ao sucesso da empresa. Além disso, as pautas de equidade salarial e de oportunidades entre os gêneros no mercado de trabalho vêm ganhando cada vez mais o foco de investidores e consumidores.
Nesse sentido, existem diversas ações que podem ser adotadas para contribuir na superação desses desafios, como políticas de segurança para mulheres, oportunidades exclusivas para o gênero, entre outras. Veja mais algumas:
Construa um ambiente de trabalho seguro
Além de políticas de segurança que preservam a integridade da mulher, a construção de um ambiente de trabalho seguro também passa pelo sentimento de pertencimento e representatividade na empresa. Nesse sentido, criar espaços e encontros exclusivos para mulheres é uma ótima maneira de dar voz à pauta de gênero e contribuir para a superação dos desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho.
Ofereça oportunidades de crescimento e desenvolvimento
As mulheres devem ter as mesmas oportunidades de crescimento e desenvolvimento dentro da empresa. Para promover essa igualdade nas oportunidades, é necessário adotar processos com critérios de seleção que eliminem a possibilidade de vieses preconceituosos e tendenciosos. Isso significa gerenciar processos de contratação, salário e feedbacks com base em critérios justos e, assim, abrir espaço para o crescimento de mulheres na empresa.
Incentive a flexibilidade e autogestão
A dupla jornada para conciliar maternidade e carreira é a realidade de muitas mulheres. Como já mencionamos, esse é um desafio muito presente e ainda minimizado no mercado de trabalho, já que as oportunidades não consideram os obstáculos a mais que as mulheres enfrentam.
Nesse sentido, flexibilizar agendas e jornadas de trabalho por meio da autogestão de atividades e tempo contribui para a conciliação de duplas jornadas. Assim, as mulheres podem manter suas entregas em dia, sem abrir mão dos compromissos com a maternidade.
Trabalhe em uma cultura inclusiva e acolhedora
Por último, trabalhar em uma cultura inclusiva e acolhedora para mulheres significa reconhecer esses desafios enfrentados por elas, e transformar as crenças que limitam seu desenvolvimento no ambiente corporativo.
A crença de que a maternidade é fator impeditivo para o desenvolvimento profissional é um exemplo que limita a presença de mulheres no mercado de trabalho e acentua os desafios enfrentados. Por isso, trabalhe em uma cultura que desconstrói crenças como essa.
Women Friendly: descubra como tornar a sua empresa melhor para as mulheres
Como a cultura da Scooto ajuda a melhorar a realidade das mulheres no mercado de trabalho
A Scooto é uma central de relacionamento com o cliente, composta exclusivamente por mulheres, que transforma o relacionamento entre pessoas e empresas através da humanização.
Aqui, adotamos uma cultura focada em promover um ambiente de trabalho seguro para mulheres, com um modelo de trabalho officeless, remuneração acima da média do mercado, política antirracista, apoio jurídico e psicológico paras prestadoras de serviço, entre outras ações. Assim, contribuímos para a reinserção de mulheres no mercado de trabalho e ajudamos a reduzir esse gap de gênero.
Quando a gente constrói um ambiente de trabalho 100% feminino, quando o homem sai de cena, vemos um desabrochar das mulheres que, por vezes, se sentem intimidadas em um ambiente majoritariamente masculino. É possível assistir a segurança profissional e humana que cada uma vai conquistando ao se sentirem livres e resolvedoras de fato. – Marina Vaz, CEO da Scooto.
Aqui, acreditamos que a verdadeira humanização do relacionamento com o cliente começa pelo humano responsável por fazer essa relação acontecer. Por isso, a humanização está presente em cada uma das ações da Scooto e no dia a dia de trabalho das Scooteiras.
Se você deseja também transformar o relacionamento com o cliente da sua empresa por meio da humanização, entre em contato com a Scooto e aposte na inovação de ter uma central de atendimento 100% feminina!