Em 2024, a Scooto recebeu o prêmio Raça é Prioridade da ONU, pela conquista de 50% de pessoas pretas em posição de liderança. Mas, mesmo antes de alcançar tal objetivo da Agenda 2030 das Nações Unidas, a Scooto já era comprometida com a representatividade.
No ano de 2022, a pesquisa de clima realizada pela Scooto, que contou com a participação de Scooteiras de todas as áreas e níveis, já revelava que mulheres pretas compunham cerca de 44% da empresa. Do total de 353 respondentes, 152 se autodeclaram pretas e pardas.
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Afinal, o que é representatividade?
Podemos definir como representatividade o ato de garantir que diferentes grupos, especialmente os historicamente marginalizados, estejam visíveis e ocupando posições de poder, influência e protagonismo em diversas esferas da sociedade.
Quando nos referimos a representatividade no contexto organizacional, estamos falando sobre a presença e a valorização de pessoas que compartilham experiências e identidades semelhantes às de grupos que, muitas vezes, são excluídos ou sub-representados.
A representatividade se faz essencial porque permite que pessoas se reconheçam e se sintam parte de um sistema, seja ele um ambiente de trabalho ou a sociedade em geral. Ela vai além da simples presença de diversidade, buscando garantir que essas pessoas não apenas existam, mas que também ocupem espaços de poder e decisão.
Quando um indivíduo vê alguém como ele ou ela em uma posição de liderança ou influência, isso fortalece a crença de que é possível atingir tais objetivos. A representatividade, portanto, é uma ferramenta poderosa de inspiração, quebrando barreiras de estigmas e criando um ciclo positivo de inclusão e oportunidades.
Prêmio Raça É Prioridade
E nesse contexto de representatividade, não poderíamos deixar de falar sobre uma grande consquista, que foi o recebimento do prêmio Raça é Prioridade, uma iniciativa do Pacto Global da ONU que reconhece empresas comprometidas com a promoção da equidade racial no Brasil.
Essa conquista é resultado de diversas ações que buscam tornar a representatividade uma realidade absoluta na Scooto. Além de contar com um time de recrutamento estratégico, que se empenha em atrair mulheres negras e barrar vieses preconceituosos nas contratações, todas as esferas da Scooto trabalharam para torná-la um ambiente acolhedor, seguro e cheio de oportunidades para essas mulheres. Hoje, somos compostas em 50% por mulheres negras, mas o objetivo é que até 2030 sejamos 56%.
Quais ações nos levaram ao Prêmio da ONU?
- Políticas de Recrutamento Inclusivas: temos um time de People diverso, que trabalha de forma estratégica com políticas de recrutamento que visam atrair candidatas com foco em raça e gênero.
- Letramento Racial: não basta trazer mulheres negras para a Scooto. É preciso tornar a Scooto um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para essas mulheres. Por isso, o time de People se comprometeu a realizar o letramento racial em todas as esferas da empresa: scooteiras, gestoras e c-levels.
- Visibilidade para mulheres negras: foi preciso ter um “olhar a mais” dentro de Operações, que trabalhou para dar visibilidade às mulheres pretas da Scooto e garantir que as oportunidades para liderar projetos batessem à porta delas.
- Lideranças comprometidas com a disseminação da cultura antirracista dentro das operações;
- Marketing e People comprometidos em produzir materiais que promovem informação, letramento e incentivam a comunicação respeitosa, como o Manifesto Antirracista e o Clube Preta do Livro;
- CEOs comprometidos em levar a Scooto para lugares onde se discute, planeja e executa ações em prol da equidade racial: as reuniões da ONU;
- Todas as áreas da Scooto comprometidas em promover respeito e inclusão para mulheres negras, e em denunciar qualquer atitude discriminatória.
Para saber mais | Scooto participa do 12º Fórum Mundial de Direitos Humanos e Empresas
Representatividade na Scooto
“O mundo é separado entre quem tem poder e quem não tem. O lugar de poder tem uma imagem definida, um padrão. Essa política de apagamento, da inexistência do outro faz mais da metade da população, dita como minoria, não se ver no outro em lugares de poder. A representatividade acontece a partir do momento que você identifica pessoas como você, presentes em várias posições, ambientes e grupos, aí sim inicia-se o sonho pois as expectativas estão alinhadas com a realidade, o tangível e isso é poderoso.”
Fábia Conrado, People Operations Business Partner na Scooto.
A conversa sobre representatividade sempre foi pauta discutida nos encontros da Scooto. O FQTS (Fala Que Te Scooto), reunião quinzenal com todas as Scooteiras, é uma das nossas mais antigas ações que promovem alinhamento cultural, espaço para debates e trocas sobre o posicionamento da empresa. Com o crescimento no número de mulheres pretas e pardas representando a Scooto, o tema ocupou mais espaços, dando origem a novas ações que promovem mais do que conscientização e informação, mas também letramento de toda empresa.
Além do surgimento de espaços que levam pautas raciais ao debate, como o Clube Preta do Livro e o Comitê de People, o comprometimento da Scooto em alcançar times compostos em 50% por mulheres pretas, o que hoje já é uma realidade, exigiu um posicionamento mais forte. Nesse sentido, entendendo que o posicionamento antirracista precisa estar enraizado na cultura organizacional, a Scooto confeccionou o Manifesto Antirracista.
O Manifesto Antirracista
O Manifesto Antirracista, que compõe o material de Onboarding das Scooteiras, tem objetivo de combater o racismo por meio da tranformação da comunicação. Na Scooto, acreditamos que relações respeitosas e empáticas geram ambientes seguros e bons resultados, e que a busca pelo conhecimento é o passo número um na direção dessas relações.
A busca pelo conhecimento é um grande passo na direção de uma comunicação respeitosa e antirracista. Por isso, recomendamos interna e externamente a leitura do Manifesto Antirracista, que vem para combater o racismo por meio da transformação da comunicação, através de informação sobre palavras e expressões que reforçam estereótipos racistas.